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Lobo-da-tasmânia

     
O Tigre da Tasmânia ou Lobo da Tasmânia era um marsupial carnívoro que foi extinto há 87 anos atrás (1936- 2023) viveu na Tasmânia, próximo a Austrália, era do tamanho de um "grande cachorro" com uma "cabeça de raposa" e a partir do meio do corpo até a cauda apresentava listras iguais às dos tigres, sendo os machos pouco maiores que as fêmeas, estas as quais possuíam uma bolsa, que é característica dos marsupiais. 

O Tigre da Tasmânia era um caçador solitário, caçando às vezes em pares, seu método era escolher um animal, como um pequeno canguru e então segui-lo até cansá-lo, pulando então sobre ele e matando-o com suas fortes maxilas, as quais podiam atingir uma abertura angular de maxilares de 120 graus.

O Tigre da Tasmânia ganhou fama de assassino de gado e ovelhas, fato este que nunca foi comprovado, mas por causa desta fama tanto os criadores de ovelhas como o próprio governo ofereciam uma boa recompensa em dinheiro pela sua captura e então ele foi caçado impiedosamente de 1840-1909.

Tigres vivos ou apanhados em armadilhas eram logo comprados por zoológicos no exterior, animais mortos eram "trocados" por recompensas financiadas pelo governo e somando com o fato de a população de Tigres da Tasmânia ter sido reduzida por uma séria doença desconhecida que devastou grande parte da vida selvagem da Tasmânia há  muitos anos, sem dúvida o homem foi o maior responsável por sua dizimação. 

O Tigre da Tasmânia foi considerado oficialmente extinto quando o último espécime morreu em 7 de setembro de 1936, no zoológico de Hobart, Tasmânia, demonstrando a que ponto a irracionalidade humana pode chegar.

Recompensas

Tigre morto por caçadores covardes.
Em 1983, Ted Turner ofereceu uma recompensa de 100 000 dólares americanos por prova da existência continuada do tilacino. Entretanto, uma carta enviada em resposta a uma pergunta por um pesquisador de tilacinos, Murray McAllister, em 2000 indicou que a recompensa foi retirada.

Em março de 2005, a revista de notícias australiana The Bulletin, como parte das celebrações de seu aniversário de 125 anos, ofereceu uma recompensa de 1,25 milhões de dólares australianos pela captura segura de um tilacino vivo. 
Quando a oferta acabou no final de junho do mesmo ano, ninguém havia produzido nenhuma evidência da existência do animal. Uma recompensa de 1,75 milhões de dólares australianos foi oferecida por um operador de passeios tasmaniano, Stewart Malcolm.

A caça é ilegal sob os termos da proteção do tilacino, então qualquer
recompensa feita por sua captura é inválida, uma vez que uma
licença de caça não seria emitida.

Aparições não confirmadas

Apesar do tilacino ser considerado extinto, muitos acreditam que o animal ainda existe. Aparições são regularmente alegadas na Tasmânia, outras partes da Austrália e até na área da Nova Guiné Ocidental, da Indonésia, próxima da fronteira com Papua-Nova Guiné. 
A Associação de Pesquisa de Fauna Australiana Rara registrou 3800 aparições em arquivo na Austrália continentaldesde a data de extinção em 1936, enquanto o Centro de Pesquisa Animal Misterioso da Austrália registrou 138 até 1998, e o Departamento de Conservação e Gerenciamento de Terrasregistrou 65 na Austrália Ocidental no mesmo período.
 Os pesquisadores independentes de tilacino, Buck e Joan Emburg, da Tasmânia, registraram 360 aparições tasmanianas pós-extinção no século XX e 269 continentais, números compilados de diversas fontes. No continente, as aparições são mais frequentemente registradas no sul de Victoria.
Algumas aparições geraram uma grande quantidade de publicidade. Em 1982, um pesquisador do Serviço de Parques e Vida Selvagem da Tasmânia, Hans Naarding, observou o que acreditava ser um tilacino por três minutos durante a noite em um local perto de Arthur River no noroeste da Tasmânia. A aparição levou a uma extensa pesquisa de um ano financiada pelo governo.
Em janeiro de 1995, um oficial de Parque e Vida Selvagem reportou ter observado um tilacino na região de Pyengana no nordeste da Tasmânia nas primeiras horas da manhã. Buscas posteriores não revelaram nenhum sinal do animal. 

Em 1997, foi reportado que moradores locais e missionários próximos a Pirâmide Carstensz na Nova Guiné Ocidental haviam visto tilacinos. Os moradores locais aparentemente sabiam deles por muitos anos, mas não haviam feito nenhum registro oficial.

Caso Klaus Emmerichs:
Em fevereiro de 2005, Klaus Emmerichs, turista alemão, afirmou ter tirado fotografias digitais de um tilacino que viu perto do Parque Nacional Cradle Mountain-Lake St. Clair, mas a autenticidade das fotografias não foi estabelecida.
As fotos não foram publicadas até abril de 2006, quatorze meses após a aparição. As fotografias, que mostravam somente as costas do animal, foram classificadas por aqueles que os estudam como inconclusivas como evidências da existência continuada do tilacino.


Dados do animal:
Nome: Tigre da Tasmânia
Nome Científico: Thylacinus cynocephalus
Época: Holoceno
Local onde viveu: Tasmânia
Peso: Cerca de 40 quilos
Tamanho:  1,9 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora


"Benjamin" bocejando em 1933

Um par de lobos-da-tasmânia no Zoológico de Hobart antes de 1921 (Note que o macho ao fundo é maior do que a fêmea)


Ultimas atualizações:
Em 2022, o laboratório da Universidade de Melbourne recebeu um donativo de 5 milhões de dólares para os ajudar a trazer de volta a espécie. A investigação propõe nove passos-chave para a deextinção do lobo-da-Tasmânia. O financiamento permitirá ao laboratório avançar e concentrar-se em três áreas-chave: melhorar a compreensão do genoma do lobo-da-Tasmânia, desenvolver técnicas para utilizar células estaminais marsupiais para criar um embrião, e depois transferir com sucesso o embrião para um útero substituto hospedeiro, como por exemplo um Diabo-da-Tasmânia.


Fonte: Wikipedia e edições do Reconstruindo o Passado.
Imagens: Desconhecido.