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Planeta Vênus passa na frente do Sol (2012)


Imagem retirada pela NASA
Vênus realizou na noite de terça-feira e madrugada de quarta-feira a passagem diante do Sol, o que chamou a atenção dos astrônomos. O fenômeno só voltará a acontecer dentro de 105 anos. As chuvas impediram os asiáticos de acompanharem o fenômeno. O trânsito do planeta entre a Terra e o Sol começou pouco depois das 19h (horário de Brasília) no céu da América do Norte, América Central e na parte norte da América do Sul. 

O deslocamento de Vênus, convertido em um grosso ponto negro na superfície do Sol, deve ser observado através de filtros solares aprovados para evitar o risco de cegueira, advertem os cientistas.

"Não é um eclipse clássico, no qual o sol é totalmente obscurecido. O diâmetro de Vênus representa um centésimo do Sol, então será apenas um ponto superposto na esfera solar e que se movimenta", disse Fred Watson, do Observatório Astronômico da Austrália à agência de notícias AFP.

A Austrália foi o melhor local para acompanhar o fenômeno, com quase sete horas de visibilidade na zona oriental e central do país. O fim do fenômeno foi observado durante a manhã na Europa, Oriente Médio e Ásia meridional. Na maior parte da América do Sul, África ocidental e do sudoeste, o fenômeno não pôde ser observado.

Os cientistas asseguram que estudar o trânsito incentivará esforços futuros para identificar planetas distantes e aprender mais sobre suas atmosferas. Apenas seis passagens de Vênus diante do Sol foram registradas das 53 ocorridas entre 2000 a.C. e 2004 d.C, quando ocorreu o último.

O diâmetro de Vênus representa um centésimo do Sol
A próxima passagem de Vênus entre o Sol e a Terra ocorrerá em 2117, dentro de 105 anos. Esses trânsitos acontecem duas vezes a cada oito anos e, depois, não são registrados por mais de um século. O último trânsito de Vênus entre o sol e a Terra aconteceu em 2004 e nenhum fenômeno foi verificado em todo o século 20.

"Uma passagem assim é um espetáculo maravilhoso e raro, se você levar em consideração a imensidão do céu. Um planeta passar diante do disco solar é bastante incomum e teremos que esperar até 2117 para o próximo", disse o cientista Richard Harrison, que trabalha no "Solar Dynamics Observatory", o SDO.

Observadores tiveram que usar proteção para evitar a cegueira
O SDO, lançado pela Nasa, agência espacial americana, em 2010 e em órbita terrestre, deve ajudar a compreender melhor a atividade do Sol, assim como seu impacto sobre a Terra e o clima. A Nasa prometeu "a melhor vista possível do evento" através de imagens em alta resolução captadas de seu Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês).


Esse acontecimento ocorreu em 17 de Junho de 2012