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Roberto Gómez Bolaños

Roberto Gómez Bolaños
Conhecido como Chespirito - Cidade do México, 21 de fevereirode 1929- Cancun , 29 de Novembro de 2014, é um escritor, ator, comediante, dramaturgo, compositor e diretor mexicano. 

Ficou conhecido mundialmente pela criação das séries televisivas Chaves e Chapolin Colorado, as quais lhe trouxeram grande prestígio e garantiram-lhe o reconhecimento como um dos escritores comediantes mais respeitados do mundo. É sobrinho do ex-presidente mexicano Gustavo Díaz Ordaz Bolaños (1911-1979).

Roberto Gómez Bolaños “Chespirito” estudou engenharia, mas nunca exerceu. Assim como Borges ou De Quincey, Gómez Bolaños soube, antes de escrever, que havia nascido para Letras; e estaria à discussão a sua qualidade literária entre os intelectuais, mas milhões de pessoas durante quatro gerações se somam à minha voz para agradecer a Chespirito, que deixou a eletricidade e a mecânica de lado (ainda que também é algo criativo) para se dedicar a divertir milhões de pessoas. Assim então, Chespirito se iniciou como publicitário para a empresa publicitária D’Arcy, quando tinha 22 anos.

A partir da segunda metade da década de 50, a atividade de Gómez Bolaños como roteirista foi muito intensa. Foi bem escrevendo para rádios, programas de TV ou para cinema. 

Durante 10 anos alimentou com seus roteiros o programa semanal “Cómicos y canciones”, que fez muito sucesso. Entre 1960 e 1965, dois programas disputavam o primeiro e segundo lugar da TV mexicana, e ele escrevia ambos. Eles eram: “Estudio de Pedro Vargas” e o já mencionado “Cómicos y canciones”.



Em 1966, o ator Mario Moreno “Cantinflas” elegeu os roteiros de Gómez Bolaños para uma série que deveria se chamar “El estudio de Cantinflas”. Porém, infelizmente, o patrocinador cancelou o projeto devido às altas pretensões do famoso comediante Cantinflas.
Em 1970, a TV extendeu o tempo de transmissão para uma hora e o horário utilizado passou a ser às segundas-feiras, às 20:00. Então, a série passou a se chamar “Chespirito”, onde se incluíam diferentes quadros, de tal sorte que vimos nascer nesse espaço o personagem Chapolin Colorado e um ano depois o Chaves do Oito. Ambos personagens tiveram tal aceitação, que a emissora decidiu dar-lhes características de seriado com um dia da semana para cada um, com meia hora de transmissão e em horário nobre.
O Chapolin Colorado e o Chaves abriram as portas do mercado internacional à TV mexicana. Em 1973, ambos os programas eram transmitidos para quase toda a América Latina, e em todos os países sua popularidade colacavam-nos em primeiro lugar na audiência. Por exemplo, em 1975, os níveis de audiência das séries de Chespirito no México oscilavam entre 55 e 60 pontos no ranking. 

A partir de 1984, o programa voltou a ter uma hora de duração às segundas-feiras, às 8 da noite, com o nome de “Chespirito”. Nessa época, Chespirito já era um sucesso, e assim seguiu sendo. Por 25 anos sem parar, todas as segundas-feiras, às 20 horas, Chespirito estava em quase todos os lares mexicanos.



Atualmente, a série segue sendo transmitida em toda a América Latina e na Espanha, com seu áudio original, mas também é transmitida em diferentes dublagens em outros idiomas em mais de dez países: os programas de Chespirito pode ser vistos tanto no Brasil, como em Angola. 

Por isso, talvez, Homer, o personagem da série americana “Os Simpsons”, inclui entre seus personagens favoritos o Chapolin Colorado.
Em 1978, Roberto Gómez Bolaños “Chespirito” produziu, escreveu e atuou no filme “El Chanfle”, o mesmo rompeu todos os recordes de bilheteria existentes até essa data no México.
Gómez Bolaños também escreveu roteiros para cinema e telenovelas, assim como uma comédia musical chamada “Títere”. Tem, ainda, em seu arquivo teatral, mais seis obras.
É comum que um cantor de Rock encha um estádio de futebol, tal é o caso de Tina Turner, Sting, Madonna, etc; Mas não é comum que um comediante e seu grupo consigam o mesmo com um espetáculo teatral.
Em 1977, o “Show de Chespirito” lotou duas vezes no mesmo domingo o estádio de futebol de Santiago, no Chile, cuja capacidade é de 80.000 pessoas

Em Buenos Aires, Argentina, no Auditório Luna Park, com uma capacidade de 25.000 pessoas, Chespirito deu quatorze apresentações consecutivas com capacidade esgotada. 

Na cidade de Nova York, no Madison Square Garden, um espetáculo latino surpreende com 2 seções lotadas em um só domingo do ano de 1983: “El Show de Chespirito”. “La quinta Vergara” obtém ótimo público somente no festival de canções de Viña del Mar, onde há muitos tipos de espetáculo. Em 1977, tiveram lotação esgotada novamente com o “Show de Chespirito”.
Calcula-se que em 43 anos escrevendo, Chespirito acumulou algo como 60.000 folhas. Isso equivale a 2.400.000 linhas e aproximadamente, 168 milhões de letras.
Existem muitos recordes de Chespirito dignos de serem registrados, mas o mais valioso e maior de seus feitos é o ideal que todo o ser humano persegue e a meta que por muitos não é alcançada: Roberto Gómez Bolaños “Chespirito” é um bom homem.
Com 82 anos de idade o ator Roberto G. Bolaños é a nova sensação da internet. Com apenas 7 mensagens, no Twitter conseguiu mais de 50.000 seguidores em apenas 12 horas e chegou aos TTs BR (coisas mais faladas no Twitter brasileiro).

Roberto Gómez Bolaños faleceu em Cancún, onde morava nos últimos anos de sua vida, às 14:30 (horário local) de 28 de novembro de 2014, devido à uma parada cardíaca.


Após sua morte, Roberto recebeu algumas homenagens póstumas. Em 2016, um busto dele foi inaugurando em Cancún, cidade onde o comediante viveu seus últimos anos. Sua viúva Florinda Meza participou da inauguração.
No mesmo ano, uma praça em São Paulo recebeu o nome de "Praça Roberto Bolaños", em homenagem ao ator.O comediante também ganhou um museu, que reúne alguns de seus objetos pessoais. 
O museu fica na Cidade do México e é administrado pelo Grupo Chespirito, um grupo responsável por manter o legado do ator e comandado pela família de Bolaños. No museu também há uma réplica da vila do Chaves.
Em 2015, durante a cerimônia do Oscar, foi feita uma homenagem aos artistas falecidos em 2014. Mas Roberto não foi citado na homenagem, assim como a comediante Joan Rivers, o que gerou revolta em internautas.
Segundo levantamentos feitos pela imprensa, Bolaños teria deixado U$ 1,7 bilhão em herança para a família.
Em março de 2015, a imprensa mexicana divulgou que Florinda Meza e os filhos de Roberto teriam brigado pela herança dele. 
Os filhos teriam exigido um valor maior do que foi deixado a eles no testamento, o que não teria agradado Florinda.
Mas em 2016, Florinda negou que brigou com os filhos de Bolaños pela herança. Ela também confirmou que pensa em vender a casa em que ela vivia com Roberto em Cancún porque tem dificuldades para mantê-la.
Roberto deixou os direitos autorais de toda a sua obra e seus personagens para o seu filho Roberto Gómez FernándezA única exceção foram os direitos da personagem Chimoltrúfia, da esquete Los Caquitos, que Bolaños deixou para Florinda Meza, sua esposa. 
Em 2018, Roberto Gómez Fernández anunciou que fará em breve uma série biográfica contando a história de seu pai, Chespirito.
Desde a morte de Roberto, Florinda vive sozinha, com muitas saudades dele.