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Fãs da Segunda Guerra colecionam veículos militares e imitam soldados

Colecionadores de SP já foram à Itália refazer caminhos da FEB. Grupo de 60 pessoas conserva 190 carros de guerra no Brasil.

Foi assistindo ao filme “Resgate do Soldado Ryan” que o servidor público de Jaboticabal (SP) Vitor Luís Aidar dos Santos, 46 anos, ficou apaixonado pela Segunda Guerra Mundial. A fixação pelo assunto levou Santos a comprar dois veículos que participaram do principal conflito armado da história e a entrar para o grupo de 60 brasileiros que têm como hobby manter ou colecionar viaturas militares antigas.

Ana Lúcia, Vitor Aidar e Marco Spinosa conservam viaturas de guerra em SP (Foto: Clayton Castelani/ G1)
Fardado como um típico soldado da Força Expedicionária Brasileira (FEB), decisiva para a vitória das tropas aliadas na batalha de Monte Castelo (Itália), Santos costuma exibir com orgulho o seu Jeep Willys 1942 e o imponente Doodge WC51 de 1944 em encontros de antiguismo pelo país.

A paixão é compartilhada pela igualmente fardada esposa Ana Lúcia Nogueira Mestre, 46 anos, que já acompanhou o marido para muito além das estradas paulistas: nos últimos quatro anos, eles seguem um grupo de brasileiros que participam das celebrações da vitória aliada na Europa e refazem os caminhos percorridos pelos soldados. “Os brasileiros nem sempre se lembram da própria história. Com esses carros, nós representamos a importância que o nosso país teve na Segunda Guerra”, justificou Santos.
Presidente da Associação Brasileira de Preservadores de Veículos Militares, o advogado Marco César Spinosa, 58 anos, explica que é exatamente esse o objetivo dos 60 associados que conservam cerca de 190 viaturas: cultivar por meio de um hobby a memória dos soldados brasileiros que participaram dos grandes conflitos armados. “Esses guerreiros contribuíram para a vitória da democracia e, consequentemente, para o nosso modo de vida. Isso não pode ser esquecido."
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